segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Lisboa


Lisboa é menina, 
  Lisboa é moça, 
    Lisboa é apaixonadamente encantadora. 


Olisipo? Olissibona? Aschbouna? 

Possivelmente são palavras que não lhe dizem muito, mas se eu disser "Lisboa" não há quem não saiba. 

Quem é Lisboa? O que nos conta esta cidade que sempre foi tratada por menina e moça com corpo de mulher? Quantas vidas estão  por contar atrás das portas das "casas de várias cores", de que nos falava Álvaro de Campos?!

Lisboa é absolutamente apaixonante. Enche-nos de vida durante o dia e aconchega-nos durante a noite. Tem cor, tem luz, tem brilho, tem som e silêncio. Tem história e saber, tem cultura e travessura, sem nunca perder o seu "cheiro de flores e mar".

Numa carta de amor à cidade José Saramago escreveu,

"Lisboa tem-se transformado nos últimos anos (...) levantam-se muros de betão sobre as pedras antigas, transtornam-se os perfis das colinas, alteram-se os panoramas, modificam-se os ângulos de visão. Mas o espírito de Lisboa sobrevive, e é o espírito que faz eternas as cidades. Arrebatado por aquele louco amor e aquele divino entusiasmo que moram nos poetas, Camões escreveu um dia, falando de Lisboa: "...cidade que facilmente das outras é princesa". Perdoemos-lhe o exagero. Basta que Lisboa seja simplesmente o que deve ser: culta, moderna, limpa, organizada - sem perder nada da sua alma. E se todas estas bondades acabarem por fazer dela uma rainha, pois que o seja."

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